Mantendo
na mão o relógio
Me
divido no desalento
Do
efêmero momento
E
faço dele um apanágio
Querer
o tempo reter
Não
desperdiçar cada instante
De
ser estação incessante
Breve
e doce acalento
Dividir-me
em teus braços
Sentir
os teus sentidos
Ouvir
os teus gemidos
E
abrir-me feito compassos
Sutil
inconseqüência
Ondas
da psique
Sem
freqüência sem limite
Sem
obrigação com a carência
Depois
inabalável
Sentindo
tudo freneticamente
Absorta
pelo desejo frequente
Enlevada
e incontrolável
Momento
de ser
Momento
de sonhar
Momento
de ter
Momento
de amar